quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Era Nico na vitrola cantando All Tomorrows Party. Grave menina loura. Germânica se não minto. Estava tudo descrito para ser – num dia normal todos deveriam morrer. O rato gigante anunciava o obituário. O cemitério florescia naquela meia-estação. A terra do chão era remexida. Uma placa de cimento separa as duas dimensões. Uma da vida e a outra da morte. Os túmulos se encharcavam de cimento ao redor das covas. Parecia uma guerra assolando aquela cidade. Era mais uma epidemia: dos narcóticos para os verdadeiros crimes: a violência.

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